O poeta se envenena quieto
a passo lento
sereno.
A cada tragada,
uma coçada no cabelo crespo
um olhar a esmo
um clarão de ideia.
O poeta volta a pegar a pena
e rabisca...
e escreve...
um poema.
Mais uma tragada pra sentir o veneno
do mundo que o cerca
das pessoas que o rodeiam
de tudo que é seco,
sem vida,
sem poesia.
Um último trago,
um último clarão,
uma última olhada a esmo
e enfim o poeta se torna poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário