segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ignorância, um presente.

   Eis que parece surgir o frio. Começo de abril. As coisas em abril são estranhas, o mês é nostálgico. Talvez só para mim. Em abril vivi muitas coisas, mas o que mais me marca em abril, é o começo do frio. Abril tem seu cheiro. Talvez a troca do calor pelo frio deixe esse agradável aroma no ar. Talvez eu goste desse mês e por isso sinto esse cheiro. Pelo sim ou pelo não, fato é que abril chegou. Abril promete.

   Sou um privilegiado, posso ficar em casa a tarde toda. Posso ler, assistir televisão, ficar na internet etc e tal e coisa... mas o que mais me dá vontade, não sei porquê raios, mas me dá vontade de sentar numa cadeira de plástico, tomar um café bem quente e fumar um cigarro pensando no passado. O engraçado é que não fumo. Já fumei, talvez por isso sinto essa vontade. Fumando eu chegaria mais perto do meu passado, o tocaria. 

   Que graça o pessoal vê no futuro? O passado foi o que de melhor nos foi dado, mas tão rápido também tirado. Acho que quem pensa no futuro, pensa em progresso. Quem pensa no presente, pretende satisfação. E quem pensa no passado? É o que? Idiota? Pode ser, ou apenas um nostálgico. Talvez um garoto recusando-se a se tornar homem. Alguém que chora por ter perdido a inocência. Não aquela de criança, mas aquela que cega o homem quase que por toda vida, e que uma vez tirada essa venda, jamais o olho do homem será o mesmo. Por que raios eu fui tirar essa venda? Não sei, mas agora, por enquanto, essa noite... esse final de semana sagrado, eu choro... não por ter visto o mundo como tal, mas por ter tirado a venda gentilmente colocada por alguém que sabia o mal que faria olhar de frente a grande peça.

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