domingo, 29 de maio de 2011

Eu conto e não choro

A covardia em não estar lá,
quando alguém precisa,
sempre me fez pensar se,
há alguém por trás da nossa vista.

A indiferença para com o mesmo,
diferencia quem mesmo está errado,
a desesperança é quem afoga os nossos leitos,
e não o povo como diz o deputado.

Tenho impressão de viver em mundo imutável,
faço promessas pro meu anjo guardião,
busco verdades pra contradizer mentiras,
e no entanto só o que tenho é ilusão.

A utopia de um mundo puro e belo,
é o que move nossos passos, conquistas e desejos,
mas o diabo como sempre mais astuto,
nos condiciona neste estado de preguiça e de enfermo.

Enquanto cremos em algo que nos faz,
acreditar que o bem existe mesmo,
algo avesso a tudo isso,
floresce por gotas de desejo.

Querer mais do que precisa,
é aceitar-se incompleto,
ter menos do que necessita,
é saber que este mundo não é certo.

No final compreendemos,
que o que tanto precisamos,
nunca esteve tão perto,
como logo ali no espelho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário