terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ah, vida atrás da cortina

Ah meu amor,
como queria te amar para sempre,
ah meu amor,
acabou e agora não há nada a fazer.

A paixão arquiteta e solidifica,
o amor preenche as lacunas,
pouco depois bem sorrateiro,
desaparece e transforma sua obra em pedaços,
retalhos de uma vida bem amada,
pedaços de amores mal vividos.

Há sim,
sempre a esperança,
mas para que saciá-la,
se o bom da vida é o imperfeito.

Prefiro meu pranto,
ignorante e inexato,
assim esqueço-te logo.

Logos esquece a ti,
Eros retoma,
eu apenas observo e sofro as consequências.

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