Renato estava cansado de sua vida de trabalho rotineiro. Todo dia os mesmos horários. Cansativo, dizia. Em um de seus fins de semana de folga, resolveu sair da cidade grande e visitar seus parentes no interior.
Chegou à casa de sua tia e foi recebido muito bem por todos. Um belo almoço, gargalhadas, cerveja e música. Isso já bastava para lhe tirar todo o stress. Na parte da tarde foi conhecer a cidade - já havia visitado a cidade mas isso já tinha algum tempo - e resolveu conhecer o buteco local. Estava acompanhado de seu primo. Pediu uma cerveja e ficou conversando com seu primo no balcão.
Renato e seu primo haviam tomado 2 ou 3 garrafas e então surgiu um figura. Seu primo lhe contou que aquele velho havia ficado louco e matou esposa e filhos. Era jornalista de cidade grande, ganhava bem, mas se entregou às drogas e ao álcool. Certa noite após ficar bêbado e usar drogas, voltou para sua casa e matou toda sua família, a polícia chegou pela manhã e ele estava desmaiado com a arma na mão. Não se lembrava de nada, mas confessou. Não pôde ficar preso pois foi atestado como louco e já que não havia sanatório em sua cidade, foi mandado para uma clínica de reabilitação. Fugiu e aí está.
Quando velho se aproximou, Renato sentiu um frio na barriga e ficou em alerta. O velho muito bondoso pediu um trocado para comprar uma birita. Renato deu, o velho pediu uma "branquinha" e tomou em um gole só. Ao ver aquilo Renato resmungou para seu primo: "Tem gente que não aprende nunca, por isso o mundo tá do jeito que tá". O velho escutou e disse : "Meu filho, a verdade pertence à Khronus e ele engole tudo o que é seu. Aprendi a vencer o que não posso lutar contra. Basta seguir minha vida em paz comigo mesmo."
Renato entendeu, engoliu seco, pagou a conta e foi embora. Pensou: "Talvez um dia o mundo mude."
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